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O espírito natalino me colocou em locuções pouco óbvias,mas quem há de se preocupar com isso?seja lá o motivo ou as relações...apenas me deu vontade de descontaminar a essência das opiniões.Tentei argumentar minhas idéias em prosa....fracasso!tentei fazer em versos parnasianos,mas nunca gostei da estética.Acabei me perdendo nas linhas e entre versos e parágrafos,reconheço minha incapacidade de manter uma linha textual elaborada.Mas como bom brasileiro,quando não sei fazer algo,simplesmente invento.Nessa cria vos apresento o mais novo gênero literário!
e com vocês.....
PROSEMA ÉPICO
Oh!Quem elegerá as regias silvestres depois que eu tiver abandonado os prantos?
E quem levantará perante mim o semblante da discórdia pelo acaso das dores?
Quem não terá
vontade de examinar a fadiga aos olhos daqueles que relutam?
Para mim tudo será controvérsia marcada pelo descaso.
As fortes passadas por traz do ébano de Euclides não destitui meu coração,
E já que Afrodite não soube me conduzir para o caminho da pureza,
Então que Ades me leve para o outro lado,
E que a divina morte me conduza pelo barco do rio Hindu
Mas poupe as palavras e os sorrisos.
Poupe a história dos que ainda tem vontade de sorrir
E sorria junto sobre meu leito, sobre minhas vísceras jogadas no pomar.
Acima de tudo, desvia o curso das águas e que meu pranto seja suprimido.
Poderei eu assim como o corajoso Prometeu tocar os Deuses?
Ou serei apenas mais um entocado na multidão?
Que se alegra com vistas de Parques e circos para desviar minha atenção do Olimpo.
Rezo para que tenha forças de confrontar meus desejos mais íntimos,
Esses instintos pecaminosos que sempre dão meia volta,
Instintos deveras audaciosos e de prontidão,
Que sempre me acolhem quando, mesmo inconscientemente, necessito deles.
Mas as marcas do dia seguinte são chumbadas a fogo,
O veneno mortal da serpente com o contraveneno mais mortal ainda:
O Remorso!
Sim meus senhores, esse senhor de longas barbas e cativo que acompanha os homens
Desde a traição de Eva perante seu Deus.
O Remorso que entra se espalha e devora!
Que canta, sussurra e não se apieda.
Que de tamanha ojeriza marcada se entoa sem som,
Dor, sons, imagens e escuro novamente,
Vertigem dos fracos e galanteio dos fortes.
Quem será o maior companheiro da Morte senão seu camarada Remorso?
Não andariam essas duas beldades de braços dados e taças de vinho na mão?
Sim, eu diria.
Uma acordando a outra de súbito.
Enquanto a linda morte traja sua capa preta como a noite
O Remorso veste um vermelho opaco e destituído de impressão
Não deixando de ser formidável e belo, ao contrário!
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Viriam as duas me perseguirem por flertar com elas de maneira tão incomoda?
De querer descobrir uma na face da outra para
meu próprio prazer?
Chega disto, estou farto de jogos templários.
Que meu san graal seja a minha própria vida,
Aprisionei O Remorso com os titãs
Ele não se libertará em mim de novo.
E que o relógio matraque suas decisões
O tempo é o único senhor das virtudes e vontades.
Nunca soube dizer em meio à euforia se o mundo apresentaria alguma certeza,
A única certeza que carrego é que a volta labutante do principio nada mais é do que a derrota do futuro.
E seremos nós a infringir as leis da natureza proscrita sem pecado?
Eu não, certamente!
Temos medo, muito medo.
Mas medo de que? Deixe-me perguntar.
Está todo mundo criticando as certezas
Desprezando o casamento e investindo no futuro
Já falei e repito: o futuro perdeu a guerra.
Não é mais aquilo que agente gostaria de ter que conta, e sim aquilo que aprendemos sem par, sem crias desordenadas e ludibriantes.
O mundo não é mais para os normais, de carências normais e simplórias.
O mundo é dos abastados sem vida e com privilégios diferente daqueles que se impõe.
Por que a massa dominada não estranha à fortaleza,
Não há burgos ressaltando os próprios interesses, mas valorizando o diferente.
Anarquia é a bagunça construtiva, é o caos que se apieda das vontades passageiras e viram em torno de palavras funestas.
Nem toda criatura é deusa de si mesmo, por que
muitos lutaram por idéias fraternarias, mas todos, digo sem peso na consciência, todos falharam.
Pra que alimentar verdades e inverdades, se todo o complô que rega a eternidade leva a um mesmo caminho?
Uns podem alegar que estou sendo pessimista, mas o realismo é a própria Anarquia, e é esta que vos fala com coração aberto a receber devotos.
Sua rival a organização, está por ai deleitando-se de nossas desgraças e minicertezas.
Afinal quem levaria em considerarão os apelos funestos e sem vida que emana de nós?
Quem?
Ninguém se habilita?
Vêem só?Minhas teses pessimistas se revelam mais uma vez corretas.
Marx não viveu o 11 de Setembro.
Sócrates não viu Hiroshima ser presenteada com um cogumelo de urânio.
Então esses amantes da justiça não poderiam respirar os ares da Anarquia prospera
em suas respectivas épocas,
Ninguém poderia prever o que seria do mundo se Ford não usasse a Anarquia de sua forma mais bela e perigosa, face esta que eu chamaria de pseudo-organização.
A mais perfeita imitação da sua arquiinimiga utópica organizada, e apenas essa falsidade é real para os humanos, creio que organizasse é entrar para a lista de fervorosos anarquistas, o que sem dúvida nos equiparia com Mussolini, temos as mesmas atitudes, talvez não em ação mais em pensamentos, quem sabe não seremos o próprio Fidel querendo dinamitar Guantánamo?
Esses sonhos irrelevantes é que montam a certeza,
Abracem então, meus amigos!abracem a bandeira anarquista
e fundemos um novo partido rumo ao senado,
Só assim seremos organizados e passivos,
passivos o suficiente para ignorarmos a mais ímpia das Meretrizes, a Dona Paz!
Falar da Paz é sacrilégio e devoção sem constituinte,
Essa melindrosa e áspera dona de todos os preceitos e vontades,
que simplesmente se diverte ao ver os mortais procurá-la,
sem nenhuma possibilidade de fornicar com ela.
Certamente é muito divertido ver-nos despedaçados e esgotados
apenas por uma transa devotada e sinistra com a paz.
Mil vezes amaldiçoada seja ela, que toda desgraça do mundo caia sobre a maldita usurpadora que se apresenta como solução
e representa a pior desgraça em que o ser humano pode encontrar.
Essa prostituta volátil e fornicadora que transforma a vida no inferno
e ainda convence a todos que o sentido da vida é procurá-la.
Não tenho medo que me entendam mal pelos descasos,
Sou sincero quando afirmo o óbvio.
Talvez por isso não compactue das mesmas crenças
Talvez por isso seja mais um em meio ao nada.
Mas de nada valeria acreditar e respeitar se eu mesmo não tivesse meu valor?
Talvez valorize errado ou disformemente, mas valorizar é um pecado nos dias de hoje.
Então, rendam-se ao eminente.
Deixem a mascara cair de vez.
Acreditem no fantasma da ópera como renegado e profano
Não falem sutilezas quando na verdade querem destruir e maldizer.
Deixem fluir as sensações sem medo e sem culpa,
Mesmo que eu não o faça
Façam vocês, e de maneira sábia,
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Porque no fundo dos espíritos está o coração
E esse nos destrói, e esse nos cura.
Esqueçam a paz de uma vez por todas
Ela não nos quer,
Esqueçam O Remorso de uma vez por todas, ele não nos merece.
Sejam anarquistas de vez, e seremos felizes.
Esqueçam a felicidade, e seremos sábios.
Esqueçam a vida e enfim abraçaremos a Morte como uma velha conhecida,
Sem medo do desconhecido, mas com verdadeira gratidão de termos sido capazes de ser...
Simples e puramente, ser...
por Pedro Neto, boas festas!