quinta-feira, 25 de junho de 2009

Track List 2008 (season finale)

Eis o fim desse post!
Eis o fim de uma era!
Eis o fim de um ciclo!
eis...eis...deixa-pra-lá:

1º - BLONDE ON BLONDE - BOB DYLAN


















1966


1- Rainy day woman 12 & 35
2- Pledging my time
3- Visions of Johanna
4- One Of Us Must Know
5- I Want You
6- Stuck Inside Of Mobile With The Memphis Blues Again
7- Leopard-Skin Pill-Box Hat
8- Just Like A Woman
9- Most Likely YouGo Your Way And I'll Go Mine
10- Temporary Like Achilles
11- Absolutely Sweet Marie
12- 4th Time Around
13- Obviously 5 Believers
14- Sad Eyed Lady Of The Lowlands

Se Higway 61 revisited (post abaixo) possui a melhor música de todos os tempos "Blonde on Blonde" possui a segunda,terceira,quarta...15ª melhor música!
simplesmente perfeito, um dos poucos discos que é obra prima do início ao fim, completo,divertido,triste,sarcástico,apaixonante,frívolo,Dylanesco.
Todo a genialidade do maior compositor de todos os tempos soma-se à uma banda fantástica atrás dele,à uma inspiração fascinante e célere embalada pelas exaustivas e infindáveis turnês mundiais( o nível da fama de Dylan nessa época é incalculável!)e ao uso abusivo de anfetaminas para ativar a velocidade do pensamento, mantendo a rotina de noites sem dormir.
O disco é daqueles que aparece 1 em séculos, nem o próprio Dylan seria capaz de repetir o feito,melhor que assim seja pois albúns assim são para passar a eternidade discutindo e ouvindo,e quem sabe, séculos depois,alguém posso entender o que realmente Dylan e suas anfetaminas quiseram musicalizar...

Assim acaba essa saga!
Assim acaba essa Jornada!
Assim acaba essa Highway!
Assim acaba...acaba...acaba e ponto.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

- Highway 61 revisited - Bob dylan


















1965


1- Like a rolling stone
2 - Tombstone Blues
3 - It takes a lot to laught, it takes a train to cry
4- From a buick 6
5 - Ballad of a thin Man
6 - Queen Jane approximately
7- Highway 61 revisited
8 - Just like a Tom Thumb's Blues
9 - Desolation row

Sou mais do que suspeito pra falar de Bob Dylan, fã numero 1, 2 ,...1000. Um pouquinho do contexto desse Disco :
Em 1962 Dylan lança seu primeiro album, praticamente despercebido pela mídia, continha apenas canções populares americanas(folk) e quase nada de sua autoria. Em 63 sai o segundo disco "The freewheelin" totalmente autoral, com Dylan tocando violão e gaita, esse Lp marca a sua presença no universo folk, dando uma vaga para o cantor-compositor no famoso festival folk de Newport. No festival, ele passa a ser a principal atração, o tom de protesto contra as guerras e a injustiça social numa época de turbulência americana o transformam na "voz da geração", sendo assim exaltado pela crítica. Outros dois discos folk vieram em 64 tornando-o o maior compositor da época, criando repertório para cantores de protesto por todo mundo, o newport festival de 64 é praticamente seu, com Dylan sendo ovacionado em todas as apresentações, tornando-se fenômeno mundial depois de turnês pela europa.
Em 1965 porém, os inúmeros fãs se surpreendem com o disco "Bringing it all Back home" onde Dylan aparece com uma banda de rock, colocando guitarra, baixo e bateria em algumas faixas, apesar de ainda manter-se um esquema folk, o tema de protesto é praticamente esquecido dando lugar a baladas de vagabundos errantes e crises existencias e amorosas como em Mr. Tamburine man.E então alguns meses depois chega as lojas Highway 61 revisited, totalmente elétrico,para desespero dos fãs, O disco marca o festival de 65 onde Dylan é vaiado e causa confusão com os produtores que queriam um cantor folk, não uma banda de rock. O engraçado é que as vaias são apenas enquanto as "músicas elétricas" são executadas, quando o cantor retorna ao palco apenas com o violão em mãos, a ovação é devastadora.
Apesar da oposição ao novo estilo, a crítica elogia muito o disco e com o tempo os fãs são forçados a se acostumarem . Não é para menos , esse disco conta com a música mais influente de todos os tempos, Like a rolling stone. Além de verdadeiras obras primas como Ballad of a thin man e a longa balada surrealista Desolation row, a verdade é que com esse disco Dylan se torna mais famoso que os Beatles em plena fase de Beatlemania, e o próprio Jhon Lennon adimitia que era influenciado pelas composições Dylanescas.
Em resumo, esse é apenas o 4 º melhor disco de todos os tempos.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Tracklist 2008(4)

"tempo para quem tem tempo"
o tempo deve estar com raiva pela minha insistência em considera-lo apenas como a 4
dimensão relativista,ele não tem me dado trégua ultimamente...
continuando o post(quase imolado para o tempo):

3º- Chico Science e Nação zumbi, Da Lama ao Caos.
















1994





1- Monólogo ao pé do ouvido(vinheta)
2-Banditismo por uma questão de classe
3-Rios,Pontes e Overdrives
4-A cidade/Boa noite do velho faceta(amor de criança)(musica incidental)
5-A praiera
6-Samba Makossa
7-Da lama ao caos
8-Maracatu de tiro certeiro
9-Salustiano Song(Instrumental)
10-Antene-se
11-Risoflora
12-Lixo do mangue(instrumental)
13-Computadores fazem arte
14-Côco dub(Afrociberdelia)


Um dos motivos que me fazem ter orgulho de ser Pernambucano.A melhor coisa que aconteceu para a MPB,para o Rock e para o regionalismo brasileiro foi a efêmera mas impactuosa passagem do manguebeat Chico Science e sua trupe.Chico conseguiu juntar rock com elementos da música nordestina,samba e MPB justamente na essência da coisa, não é atoa  seu apelido de cientista.O resultado foi o inicio de um movimento vanguardista e impactuoso do manguebeat, em pleno década de 90 o cenário musical se viu engolido pela poesia beat, não a de Kerouack e Allen Ginsberg dos anos 60,mas a  de um bando de Pernambucanos socialmente engajados e amantes de música.
O disco é agitado, poético,confuso,rítmico,dançante,vertiginoso.A fusão dos ritmos resulta numa percepção duvidosa entre aquilo que escutamos e que pensamos, a letra funde-se com o retumbar do vocal, o corpo se mexe involuntariamente, como se estivéssemos em transe de rituais de iniciação. Da vinheta até o final do disco, amamos e desorganizamos Recife,o Brasil e o Mundo...viramos os novos beatnicks.
Em suma o próprio Science da a mensagem principal do disco:"Comecei a pensar,que eu me organizando posso desorganizar,que eu desorganizando posso me organizar".



4º-Raul Seixas, Novo Aeon.


















1975





1-Tente outra vez
2-Rock do diabo
3-A maçã
4-Eu sou Egoísta
5-Caminhos
6-Tu és o MDC da minha vida
7-A verdade sobre a Nostalgia
8-Para Nóia
9-Peixuxa(amigo dos peixes)
10-É fim de mês
11-Sunseed
12-Caminhos II
13-Novo Aeon

Satírico,Conhecedor da verdade e do Universo...Raul dispensa comentários prolongados.Tem que escutar, sentir,pensar e colocar em prática(ou não) o que ele nos ensina.Nesse disco em especial aprendemos a não desistir dos nossos sonhos, a amar e a sermos egoístas por puro prazer;aprendemos a ter saudades e a fazer escolhas,a vermos as coisas com os olhos dos sábios e conhecemos os caminhos que nos conduziram nesse trajeto.
e o ensinamento principal para os amantes da sociedade alternativa:"Sociedade alternativa Sociedade novo aeon É um sapato em cada pé É direito de ser ateu Ou de ter fé Ter prato entupido de comida Que você mais gosta É ser carregado, ou carregar Gente nas costas Direito de ter riso e de prazer E até direito de deixar Jesus Sofrer!"

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Trilha sonora 2008(3)

Agora que Obama é rei...
Continuo postando meu Setlist 2008

5º- Legião Urbana ,V.







1991










1-Love Song
2-Metal contra as Nuvens
3-A ordem dos Templários
4-A montanha Mágica
5-O teatro dos Vampiros
6-Sereníssima
7-Vento no litoral
8-O mundo anda tão complicado
9-L'ageD'or
10-Come share my Life

A Legião Urbana nunca morre. A célebre frase escrita em latim que acompanhou os encartes da Banda prescreve-se profundamente verídica.Legião dispensa comentários,os anos 80 foi a era de ouro pro rock brasileiro e Renato foi o guru da "Geração Coca-cola",Ao disco:
Love song é rápida e impactuosa,a balada medieval não dura 2 minutos,mas dá uma idéia do clima mórbido que acompanharia o disco.
Em contraste,Metal contra as nuvens é uma longa balada de 11 minutos, sem perder a melodia e o clima sombrio...o governo Collor é metaforizado,a essência do ser humano é
contestada e a auto-afirmação e testada, o fim porém é esperançoso:"E nossa História não estará pelo avesso assim,sem final feliz,teremos muito ainda pra contar"entoa nos versos finais.
A ordem dos templários é instrumental e parece reafirmar o final da música anterior, mas eis que surge A montanha mágica onde Renato vomita poesia a respeito das drogas e o desastre psicológico de um dependente,não por coincidência há um clima de reestabilização refletida na vida pessoal do autor na estrofe final com"Chega!vou mudar a minha vida".
Na sequência, as mais belas letras e melodias já feitas pelo trio Renato,Dado e Bonfá:
O teatro dos Vampiros traz o desespero de pessoas normais no meio de um mundo atroz e caótico, não há como não se identificar e verificar que "passamos a viver como a dez anos atrás e a cada hora que passa envelhecemos 10 semanas".
Sereníssima apesar da composição descontraida e animada de uma presentação ao vivo, leva consigo uma letra seria e elaborada,traçando o perfil psicológico de alguém que ama mas não
enxerga no mundo possibilidades de amar..."minha laranjeira verde,porque estás tão prateada?"
A clássica Vento no Litoral é o ápice para a solidão e desilusão amorosa,para mim a mais bela canção de amor já composta, o clima é de saudades,desespero,angústia,mas há um que de superar tudo com força de vontade,a vida é o mais importante.
O mundo anda tão complicado exorcisa a melancolia do disco, torna-se uma cronica sobre o cotidiano de recem casados de uma maneira leve e suave"Vem cá meu bem, que é bom lhe ver".
L'ageD'or traz algo surreal,introspectivo,qualquer interpretação seria vaga, mas é bem a cara do V, sombria,toques de esperança e uma pitada de lirismo.
A instrumental Come share my Life fecha o disco e consolida-o como o mais homogênio da carreira do Renato...Triste,depressivo mas "O mundo começa agora, apenas começamos".



6º- Jõao gilberto,Chega de saudade.












1959



1- Chega de saudade
2-Lobo bobo
3-Brigas,nunca mais
4---lá-lá
5-Saudades de um samba
6-Maria Ninguém
7-Desafinado
8-Rosa morena
9-Morena Boca de ouro
10-Bim bom
11-Aos pés da cruz
12-É luxo só

Apesar de não apreciar muito o trabalho de intérpretes não dá pra não se render a magia do pai da bossa nova,o trabalho de João Gilberto consistia em musicalisar as músicas prontas de Tom Jobim e a turma do funil no incicio dos anos 60, e esse era um trabalho de genio.É do violão acústico de João que sai as primeiras levadas em Bossa nova,ritmo tipicamente brasileiro que encantou as estrelas de Jazz ao redor do mundo."Chega de saudade é um dos primeiros registros da nova estética musical, e como início de um fenômeno não pode ser menos gracioso, o albúm é rápido,deixa um ar de "puxa,já acabou!!"mas os pouco mais de 20 minutos do disco parece proposital,para não dar tempo penetrar a alma do ouvinte e força-lo a escutar de novo...e de novo...e de novo.O humor e a poesia de Jobim, aliadas ao talento de João Gilberto como instrumentista e vocalista(melhor instrumentista que vocalista,diga-se de passagem)tornam o disco um dos mais valiosos culturalmente da musica brasileira...principalmente pelo seu peso histórico.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Trilha sonora 2008 (parte 2)

Continuando a lista dos meus 10 álbuns mais escutados em 2008:


- Fernanda Takai,Onde brilhem os olhos seus.






2007

1- Diz que fui por aí
2-Lindonéia
3-Com açúcar,com afeto
4-Luz negra
5-Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
6-Insensatez
7-Odeon
8-Seja o meu céu
9-Estrada do sol
10-Trevo de quatro folhas
11-Descansa coração
12-Canta,Maria
13-Ta-Hi

Primeiro disco solo de Fernanda Takai."Onde brilhem os olhos seus" é um tributo à estrela da mpb dos anos 60,Nara Leão.O projeto, paralelo ao Pato Fu, foi idealizado por Nelson Motta que julgou o estilo de cantar de Fernanda similar ao de Nara.
Suave,delicado e oscilando entre a inocência descontraida da bossa nova e o pessimismo da mpb durante o regime militar, o disco remonta sucessos bastante conhecidos como "De baixo dos caracóis" de Roberto/Erasmo Carlos e "Com açúcar, com afeto" de Chico Buarque.Apesar de ser regravações,Takai conseguiu imprimir um jeito próprio nas canções...conseguindo agradar os fans de Nara e ainda manter a sincronia com o estilo "Pato" de fazer música.
Destaque para "Luz Negra"(Nelson do cavaquinho).Já amava a música depois de uma preciosa interpretação do Cazuza,a versão desse álbum veio consolidar minha opinião.




Móveis coloniais de Acaju,Idem.



















2005


1-Perca Peso
2-Seria o rolex?
3-Aluga-se,vende
4-Copacabana
5-Menina Moça
6-Cego
7-Esquilo não samba
8-Gregório
9-Swing hum e meio
10-Do mesmo ar
11-Sadô-Masô
12-Receio do remorso

Móveis coloniais de Acaju é uma banda independente de Brasília.É composta de mais de 10 integrantes,entre músicos formados,designs,biólogos e economistas com doutorado em Harvard.O som é definido por eles mesmos como"Feijoada Búlgara" devido a mistura de influências que vai desde o samba e Punk rock até levadas do leste europeu.
O show dos móveis foi eleito como o melhor e mais contagiante no cenário independente brasileiro.O álbum é primoroso,a combinação de instrumentos de sopro com guitarra e bateria nunca foi tão bem explorada desde os tempos do Los Hermanos. É vibração do início ao fim(meus vizinhos reclamões sabem bem disso...)tentem aprender um pouco de dança contemporânea com vocalista André Gonzales!
Destaque para a "insólita" Copacabana e para o realismo futurista de Esquilo não samba.



por hoje é só....amanhã tento postar os 6 e 5 respectivos da lista. 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Trilha sonora 2008

A música é parte integrante da minha vida.
Sempre gostei de encarar a música dentro do contexto,daí então a preocupação com o artista e álbum.Conhecendo o autor nós podemos ir mais a fundo na composição,interagir e comungar com a mesma.O disco é o todo, a música é uma parte desse todo,na minha concepção retirar uma parte do todo,é destrui-lo em essência...
Aqui vai então um post sobre o que ouvi em 2008, uma lista decrescente comentada com os 10 discos mais tocados no meu pc aclopado em um aparelho de som.
Note que não é uma lista dos 10 melhores álbuns,embora isso se confunda em grande parte,apesar de te-los ouvido muito,isso não quer dizer que entre pra lista dos melhores da Rolling Stones...não é por esse objetivo(óbvio);
pensei em colocar de 2 em 2 até o 1º,isso me dará tempo de ir preparando-os para download aqui.
bom aperte o play:


9º - Tom Zé, com defeito de fabricação.




















1998

01. Defeito 1: O Gene
02. Defeito 2: Curiosidade
03. Defeito 3: Politicar
04. Defeito 4: Emerê
05. Defeito 5: O Olho do Lago
06. Defeito 6: Esteticar
07. Defeito 7: Dançar
08. Defeito 8: ONU, Arma Mortal
09. Defeito 9: Juventude Javali
10. Defeito 10: Cedotardar
11. Defeito 11: Tangolomango
12. Defeito 12: Valsar
13. Defeito 13: Burrice
14. Defeito 14: Xique-xique

Tom Zé ainda é o artista brasileiro mais incompreendido.Para mim é o mais genial,um verdadeiro cientista da música.Tem uma tese dele fantástica sobre a "sonoridade intersemiótica" em que é conciliado a elevação dos tons musicais com a propriedade logarítmica da acústica humana, o mais genial é que ele escreveu a tese em cima de" ficando atoladinha"...
O disco "com defeito de fabricação"é campo perfeito para as experiências sonoras do ex-tropicalista:efeitos psicodélicos aliados a ritmos nordestinos,samba,e vozes desconexas que se misturam e interagem.
Aconselharia começar escutando discos anteriores(estudando o samba,por exemplo),pra ir se acostumando com a sonoridade,mas quem gosta de aventura é um prato cheio...
Além do musical,o disco trás verdadeiros achados poéticos e um misto de sátira as condições humanas,à politica e à ciência:
"A gente já mente no gene, a mente do gene da gente"
"quem é que ta botando dinamite na cabeça do século?"

sempre escuto o disco inteiro,é realmente ótimo para os ouvidos...mas destaco a faixa 3 "Politicar",
música sorumbática que dá idéias maliciosas de ofender "delicadamente"...ou nem tanto assim.



10º - Crosby,Stills, Nash &Young - Déjà Vu



















1970

1- Carry on

2-Teach Your Children

3-Almost Cut My Hair

4-Helpless

5-Woodstock

6-Déjà Vu

7-Our House

8- 4 + 20

9-Country Girl: Whiskey Boot Hill/Down, Down, Down.
10-Everybody I Love You


Disco de uma fase nova daquela que foi a mais efêmera e uma das mais influentes bandas dos anos 60 e 70:Buffalo Springfield;
Devido as idas e vindas do grupo,os integrantes gravavam discos solos,partiam para outras áreas musicais e depois simplesmente...remontavam o conjunto.
Déjà vu é o primeiro da fase Crosby,Stills, Nash &Young;a já conhecida veia folk se mistura com o rock inglês típico dos beatles como na música Woodstock(qualquer hora escrevo um post sobre esse evento hippie).Além da melodia arcaica mas incrivelmente agradável tem a presença da melhor voz(idiossincrasia)masculina do rock:Neil young.
Escute Helpless e tente discordar...
as musicas figuram como lendárias para o folk,qualquer admirador do estilo reconheceria os versos "know you got to run,kow you got to hide" em everbody i love you.


números 8 e 7 no próximo post...(espero que seja antes da lista 2009)!



quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

É prosa?não, é poema?

O espírito natalino me colocou em locuções pouco óbvias,mas quem há de se preocupar com isso?seja lá o motivo ou as relações...apenas me deu vontade de descontaminar a essência das opiniões.Tentei argumentar minhas idéias em prosa....fracasso!tentei fazer em versos parnasianos,mas nunca gostei da estética.Acabei me perdendo nas linhas e entre versos e parágrafos,reconheço minha incapacidade de manter uma linha textual elaborada.Mas como bom brasileiro,quando não sei fazer algo,simplesmente invento.Nessa cria vos apresento o mais novo gênero literário!

e com vocês.....

PROSEMA ÉPICO

 Oh!Quem elegerá as regias silvestres depois que eu tiver abandonado os prantos?

E quem levantará perante mim o semblante da discórdia pelo acaso das dores?

Quem não terá

 vontade de examinar a fadiga aos olhos daqueles que relutam?

Para mim tudo será controvérsia marcada pelo descaso.

As fortes passadas por traz do ébano de Euclides não destitui meu coração,

E já que Afrodite não soube me conduzir para o caminho da pureza,

Então que Ades me leve para o outro lado,

E que a divina morte me conduza pelo barco do rio Hindu

Mas poupe as palavras e os sorrisos.

Poupe a história dos que ainda tem vontade de sorrir

E sorria junto sobre meu leito, sobre minhas vísceras jogadas no pomar.

Acima de tudo, desvia o curso das águas e que meu pranto seja suprimido.

 

Poderei eu assim como o corajoso Prometeu tocar os Deuses?

Ou serei apenas mais um entocado na multidão?

Que se alegra com vistas de Parques e circos para desviar minha atenção do Olimpo.

Rezo para que tenha forças de confrontar meus desejos mais íntimos,

Esses instintos pecaminosos que sempre dão meia volta,

Instintos deveras audaciosos e de prontidão,

Que sempre me acolhem quando, mesmo inconscientemente, necessito deles.

Mas as marcas do dia seguinte são chumbadas a fogo,

O veneno mortal da serpente com o contraveneno mais mortal ainda:

O Remorso!

 Sim meus senhores, esse senhor de longas barbas e cativo que acompanha os homens

Desde a traição de Eva perante seu Deus.

O Remorso que entra se espalha e devora!

Que canta, sussurra e não se apieda.

Que de tamanha ojeriza marcada se entoa sem som,

Dor, sons, imagens e escuro novamente,

Vertigem dos fracos e galanteio dos fortes.

Quem será o maior companheiro da Morte senão seu camarada Remorso?


Não andariam essas duas beldades de braços dados e taças de vinho na mão?

Sim, eu diria.

Uma acordando a outra de súbito.

Enquanto a linda morte traja sua capa preta como a noite

O Remorso veste um vermelho opaco e destituído de impressão

Não deixando de ser formidável e belo, ao contrário!

Viriam as duas me perseguirem por flertar com elas de maneira tão incomoda?

De querer descobrir uma na face da outra para 

meu próprio prazer?

Chega disto, estou farto de jogos templários.

Que meu san graal seja a minha própria vida,

Aprisionei O Remorso com os titãs

Ele não se libertará em mim de novo.

E que o relógio matraque suas decisões

O tempo é o único senhor das virtudes e vontades.

Nunca soube dizer em meio à euforia se o mundo apresentaria alguma certeza,

A única certeza que carrego é que a volta labutante do principio nada mais é do que a derrota do futuro.

E seremos nós a infringir as leis da natureza proscrita sem pecado?

Eu não, certamente!

Temos medo, muito medo.

 Mas medo de que? Deixe-me perguntar.

Está todo mundo criticando as certezas

Desprezando o casamento e investindo no futuro

Já falei e repito: o futuro perdeu a guerra.

Não é mais aquilo que agente gostaria de ter que conta, e sim aquilo que aprendemos sem par, sem crias desordenadas e ludibriantes.

 

O mundo não é mais para os normais, de carências normais e simplórias.

O mundo é dos abastados sem vida e com privilégios diferente daqueles que se impõe.

Por que a massa dominada não estranha à fortaleza,

Não há burgos ressaltando os próprios interesses, mas valorizando o diferente.

Anarquia é a bagunça construtiva, é o caos que se apieda das vontades passageiras e viram em torno de palavras funestas.

Nem toda criatura é deusa de si mesmo, por que 

muitos lutaram por idéias fraternarias, mas todos, digo sem peso na consciência, todos falharam.

Pra que alimentar verdades e inverdades, se todo o complô que rega a eternidade leva a um mesmo caminho?

 

Uns podem alegar que estou sendo pessimista, mas o realismo é a própria Anarquia, e é esta que vos fala com coração aberto a receber devotos.

Sua rival a organização, está por ai deleitando-se de nossas desgraças e minicertezas.

Afinal quem levaria em considerarão os apelos funestos e sem vida que emana de nós?

Quem?

Ninguém se habilita?

Vêem só?Minhas teses pessimistas se revelam mais uma vez corretas.

 

Marx não viveu o 11 de Setembro.

Sócrates não viu Hiroshima ser presenteada com um cogumelo de urânio.

Então esses amantes da justiça não poderiam respirar os ares da Anarquia prospera

em suas respectivas épocas,

Ninguém poderia prever o que seria do mundo se Ford não usasse a Anarquia de sua forma mais bela e perigosa, face esta que eu chamaria de pseudo-organização.

 

A mais perfeita imitação da sua arquiinimiga utópica organizada, e apenas essa falsidade é real para os humanos, creio que organizasse é entrar para a lista de fervorosos anarquistas, o que sem dúvida nos equiparia com Mussolini, temos as mesmas atitudes, talvez não em ação mais em pensamentos, quem sabe não seremos o próprio Fidel querendo dinamitar Guantánamo?

Esses sonhos irrelevantes é que montam a certeza,

Abracem então, meus amigos!abracem a bandeira anarquista

e fundemos um novo partido rumo ao senado,

Só assim seremos organizados e passivos,

passivos o suficiente para ignorarmos a mais ímpia das Meretrizes, a Dona Paz!

Falar da Paz é sacrilégio e devoção sem constituinte,

Essa melindrosa e áspera dona de todos os preceitos e vontades,

que simplesmente se diverte ao ver os mortais procurá-la,

 sem nenhuma possibilidade de fornicar com ela.

Certamente é muito divertido ver-nos despedaçados e esgotados

apenas por uma transa devotada e sinistra com a paz.

Mil vezes amaldiçoada seja ela, que toda desgraça do mundo caia sobre a maldita usurpadora que se apresenta como solução

e representa a pior desgraça em que o ser humano pode encontrar.

Essa prostituta volátil e fornicadora que transforma a vida no inferno

e ainda convence a todos que o sentido da vida é procurá-la.

 

Não tenho medo que me entendam mal pelos descasos,

Sou sincero quando afirmo o óbvio.

Talvez por isso não compactue das mesmas crenças

Talvez por isso seja mais um em meio ao nada.

Mas de nada valeria acreditar e respeitar se eu mesmo não tivesse meu valor?

Talvez valorize errado ou disformemente, mas valorizar é um pecado nos dias de hoje.

 

Então, rendam-se ao eminente.

Deixem a mascara cair de vez.

Acreditem no fantasma da ópera como renegado e profano

Não falem sutilezas quando na verdade querem destruir e maldizer.

Deixem fluir as sensações sem medo e sem culpa,

Mesmo que eu não o faça

Façam vocês, e de maneira sábia,

                                        

 Porque no fundo dos espíritos está o coração

E esse nos destrói, e esse nos cura.

Esqueçam a paz de uma vez por todas

Ela não nos quer,

Esqueçam O Remorso de uma vez por todas, ele não nos merece.

Sejam anarquistas de vez, e seremos felizes.

Esqueçam a felicidade, e seremos sábios.

Esqueçam a vida e enfim abraçaremos a Morte como uma velha conhecida,

Sem medo do desconhecido, mas com verdadeira gratidão de termos sido capazes de ser...

Simples e puramente, ser...



por Pedro Neto, boas festas!